Seja pela juventude ou pelo seu desempenho nesta temporada, alguns tenistas podem ser peças-chave no Roland Garros de 2025, que será disputado de 25 de maio a 8 de junho.
Roland Garros: conheça os azarões

Foto: Thomas COEX / AFP
João Fonseca, nº 65/18 anos
Há um ano, o brasileiro ocupava a posição 200 no ranking da ATP. Depois de se destacar ao vencer o troféu Next Gen (o Masters para juniores) no final de 2024, nesta temporada, ele já conquistou seu primeiro título (no saibro em Buenos Aires) e chamou a atenção ao eliminar um então Top 10, o russo Andreiy Rublev, na primeira rodada do Aberto da Austrália.
Já consolidado no meio do Top 100 (atualmente na posição 65), seus resultados desde o triunfo em Buenos Aires não foram valiosos (exceto por um título no Phoenix Challenger), com derrotas na segunda rodada em Madri e na primeira rodada em Roma, mas as expectativas são altas em sua estreia em Roland Garros.

Foto: Filippo MONTEFORTE / AFP
Jack Draper, nº 5/23 anos
O britânico é provavelmente o jogador que mais progrediu no último ano. Além dos três primeiros colocados no ranking (Sinner, Alcaraz e Zverev), ele foi o que alcançou os melhores resultados em 2025.
Até agora, nesta temporada, Draper conquistou um título, em Indian Wells (seu primeiro Masters 1000, onde derrotou Alcaraz nas semifinais) e chegou às finais em Doha e Madri, resultados que lhe permitiram subir para a 5ª posição no ranking.
O saibro não é sua superfície favorita, mas tanto em Madri, onde chegou à sua primeira final em saibro, quanto em Roma, onde perdeu nas quartas de final para Alcaraz, ele mostrou progresso. Portanto, ruma para Roland Garros visando esquecer suas duas primeiras aparições em Paris, que terminaram com duas derrotas na primeira rodada, em 2023 e 2024.

Foto: Getty Images
Lorenzo Musetti, N.8/23 anos
O italiano é outra surpresa até o momento neste ano, destacando-se sobretudo pela consistência no saibro, com uma final em Monte Carlo (perdida para Alcaraz) e semifinais em Madri e Roma (derrotadas por Draper e Alcaraz, respectivamente).
Zverev, De Miñaur, Medvedev, Tsitsipas e Berretini foram alguns dos nomes ilustres que caíram no saibro nesta temporada contra o atual oitavo colocado.
E ele sempre foi perigoso em Roland Garros, levando Djokovic ao quinto set duas vezes: nas oitavas de final em 2021 e na terceira rodada no ano ado.

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Jakub Mensik, nº 19/19
Ele é, ao lado de João Fonseca e o americano Learner Tien, os únicos membros do Top 100 da última semana que ainda não completaram 20 anos.
Mas Mensik também está entre os 20 melhores, em grande parte graças à sua vitória no Masters 1000 de Miami em março, onde derrotou Djokovic na final.
O saibro não é sua superfície favorita, mas Mensik (quartas de final em Madri e oitavas de final em Roma) tentará, em sua estreia em Roland Garros, igualar seu melhor retrospecto em um Grand Slam, nas oitavas de final da Austrália e no US Open.

Foto: Piero CRUCIATTI / AFP
Francisco Cerúndolo, nº 18/26 anos
Dos tenistas latino-americanos, o argentino tem a maior chance de ir longe na disputa em Paris. Na última edição, ele foi o único latino-americano na segunda semana, sendo eliminado por Novak Djokovic nas oitavas de final em uma partida de cinco sets (6-1, 5-7, 3-6, 7-5, 6-3) tão dura que o sérvio acabou com um desconforto no joelho que o impediu de continuar no torneio e precisou de cirurgia.
Número 18 no último ranking da ATP, Cerúndolo é o latino-americano mais bem colocado.
No circuito de saibro, com exceção da estreia em Monte Carlo, onde não conseguiu ar da segunda rodada (derrotado pelo espanhol Carlos Alcaraz), ele chegou às semifinais em Madri e Munique, e às oitavas de final em Roma, onde perdeu para o nº 1 Jannik Sinner.

(Foto: Adrian DENNIS / AFP)
Mirra Andreeva, nº 6/18 anos
A russa, treinada pela espanhola Conchita Martínez, está destinada a ser a futura estrela do circuito feminino.
Andreeva conquistou títulos este ano nos torneios WTA 1000 de Dubai e Indian Wells, derrotando a número 1 do mundo, Aryna Sabalenka, na final deste último.
Em 2025, ela perdeu apenas seis partidas (24 vitórias), e entre as 10 melhores tenistas, somente Sabalenka e a americana Madison Keys têm menos derrotas (cinco cada).
Além disso, a superfície favorita de Andreeva é o saibro, e foi justamente em Roland Garros que ela alcançou seu melhor resultado em Grand Slams até o momento (semifinais em 2024).